sexta-feira, 5 de abril de 2019

Juízes internacionais no Grande Prémio de Rio Maior

Fotos históricas da presença de juizes internacionais de marcha
no grande prémio de Rio Maior. Fotos: arquivo «O Marchador»
Montagem: José Ganso

É longo e rico o historial da presença de juízes internacionais de marcha nas várias edições do Grande Prémio de Rio Maior. Apesar de ter tido o seu início em 1991, já com atletas internacionais de primeiro plano mundial, foi em 1997 com a sua inclusão no Circuito de Marcha da Associação Europeia de Atletismo, que o evento contou com juízes internacionais de marcha, cujo regulamento exigia a presença de três elementos do painel de especialistas da IAAF.

Há 22 anos a organização do GP Rio Maior convidara para nele atuarem o português José Dias (no painel desde 1993), o norueguês Dag Gaassand e o espanhol Josep María Santasusana. No entanto, nos dias anteriores à prova de Rio Maior, obstáculos inesperados obrigaram os organizadores a alterar alguns dos seus planos. Desde logo, com o precoce falecimento de um jovem atleta da seleção norueguesa de marcha que estagiava em São Pedro de Moel, fazendo com que a comitiva nórdica regressasse de imediato ao seu país, incluindo Gaassand, que chefiava a comitiva.

No lugar do norueguês a escolha recaiu no saudoso Domingo Casillas, conceituado juiz internacional de marcha que atuara nos Jogos Olímpicos de 1988, 1992 e 1996, um grande companheiro que sempre se mostrara disponível a colaborar. Nessa equipa de 1997 juntaram-se os juízes do principal painel de especialistas nacionais da época, Ana Toureiro, João Pires, José Ganso e Paulo Alves, além de Francisco Franco, que operava nos Quadros de Faltas.

Foram em número de 48 os juízes de fora de Portugal que já atuaram em Rio Maior, 46 de países europeus (Alemanha, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Noruega, Polónia, República Checa, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia), 1 da China e 1 do Brasil, muitos com experiência em atuações nos grandes eventos planetários, nomeadamente em Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos.

Neste ano em que a australiana Jane Saville (medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2004) volta a ser a Delegada da IAAF, no júri internacional de marcha do Grande Prémio Internacional de Rio Maior estão incluídos os portugueses José Dias (juiz-chefe) e Vasco Guedes, ambos do painel da IAAF, Rolf Müller (Alemanha) e Anne Fröberg (Finlândia) os mais antigos juízes internacionais do painel da IAAF em atividade - ininterruptamente no exercício de funções de juízes de marcha desde os anos 80 do século passado - Mara Baleani (Itália) e Guillermo Sandino (Espanha), estes no painel da Associação Europeia de Atletismo, e Nilton Ferst (Brasil), do painel da Confederação Sul-americana de Atletismo.

Os outros juízes em atividade nesta área específica do ajuizamento são os portugueses António Caniço (Assistente do Juiz-chefe), José Ganso (juiz do painel da Associação Europeia), que será o Secretário, a par de Cátia Gonçalves (juíza do painel nacional), uma dupla já muito experiente na função. A monitorizar os Quadros de Faltas estará Francisco Franco, um já ‘habitué’ destas coisas. No plano geral da competição, Eduardo Gonçalves é o Diretor da Competição, por sinal, juiz de marcha do painel da AE, Maria do Patrocínio Pires, a Diretora de Reunião, e Gonçalo Chagas, o Árbitro.