quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Ana Cabecinha brilhante em Pequim sonha com o Rio

Ana Cabecinha. Foto: «site» O Observador
Ana Cabecinha obteve em Pequim, nos campeonatos mundiais de atletismo, o melhor resultado da sua carreira internacional, ficando à beira do pódio nos 20 km marcha com a marca de 1:29:29h, que equivaleu a um magnífico 4.º lugar, apenas atrás das chinesas Lu e Liu e da ucraniana Olyanovska.

A marchadora algarvia, que nos Jogos Olímpicos de 2008 se revelou com a conquista do 8.º lugar, uma posição de finalista e a obtenção de um expressivo recorde nacional (1:27:46) viria ainda a obter posições relevantes nos anos seguintes, nomeadamente, em 2010, nos europeus de Barcelona (8.ª), em 2011 nos mundiais de Daegu (9.ª), em 2012 nos Jogos de Londres (9.ª), em 2013  nos mundiais de Moscovo (8.ª), e em 2014, na Taça das Nações (8.ª) e nos europeus de Zurique (6.ª).

Cabecinha conseguiu o segundo melhor resultado de uma marchadora portuguesa nuns mundiais de atletismo. Recorde-se que em 2005, em Helsínquia, Susana Feitor foi medalha de bronze nos mundiais realizados em Helsínquia.  

Agora, espera-a mais um ano de trabalho intenso com vista ao próximo grande objetivo da atleta, os Jogos Olímpicos, em agosto de 2016, merecendo que todos os apoios, económicos e logísticos, lhe sejam proporcionados. Neste sentido, é importante que as falhas verificadas no seu percurso preparatório, incluindo as que se inserem no âmbito federativo, sejam analisadas e corrigidas de modo a que tenhamos todos os atletas com possibilidades de estarem no Rio de Janeiro nas melhores condições físicas e mentais.

Em entrevista concedida a Arons de Carvalho, uma referência do atletismo nacional, do jornal “Record”, a campeã portuguesa referiu o seguinte, a propósito da sua presença nos Jogos do Rio de Janeiro:

Agora, a motivação com vista aos Jogos é ótima, pois estou no lote das finalistas na preparação olímpica, o que me dará mais estabilidade. E ainda tenho idade para evoluir. Já não sou atleta de apenas sétimos e oitavos lugares, agora já posso sonhar...”.