Cartaz do evento. Montagem: O Marchador |
A próxima etapa da série de competições de marcha atlética integrada no programa da World Athletics, a denominada “World Athletics Race Walking Tour”, na categoria bronze, vai ter lugar no dia de amanhã, com a 5.ª edição do Circuito Nacional de Caminhada, em Coatzacoalcos, cidade mexicana do Estado de Vera Cruz, no Litoral Malecon.
O evento, que é organizado pelo Município de Coatzacoalcos, Comité do Circuito Nacional de Caminata Coatzacoalcos e Associação Veracruzana de Atletismo y Afines, A.C., realiza-se num circuito certificado de 1 quilómetro, a partir das 7:00 horas matinais, com o programa a integrar provas de 20 e 35 km marcha, destinadas a ambos os sexos e seletivas para o Campeonato Mundial de Seleções de Marcha, em Omã, constando ainda do programa provas destinadas aos escalões Sub16, Sub18, Sub20 e veteranos.
A organização do evento vai homenagear este ano a figura de Bernardo Segura, que conquistou a medalha de bronze nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e que nos Jogos de Sydney chegou mesmo a cruzar a linha de meta em primeiro lugar, festejos interrompidos com a raqueta vermelha de desclassificação a ser-lhe exibida pelo juiz-chefe da prova. Outros dos eventos em destaque para o marchador mexicano, que agora conta 51 anos de idade e figura no cartaz promocional da prova, foram, entre outros, os 20 km das Taças do Mundo de Marcha de 1995, em França (3º lugar) e de 1999, na China (1.º lugar).
Sendo uma das provas que igualmente permitirá que as marcas, eventualmente obtidas, sejam homologadas quer para mínimos nos Mundiais de Eugene, Oregon, ou para acesso aos rankings mundiais, portanto, com a obrigatoriedade da presença de juízes internacionais de marcha, teremos, assim: Carlos Barrios (Guatemala), Cándido Vélez (Porto Rico), Ricardo Servin (México) e Juan del Toro (México) a que se juntarão, pelo menos, Natalio Hernández e Andrea Ramos, do nível I.
O México é uma das grandes potências da marcha atlética no mundo, um desporto que é muito popular no país desde que, pouco dantes da realização dos Jogos Olímpicos de 1968 na Cidade do México, e a fim de evitar passar por alguma vergonha de resultados menos conseguidos, as entidades governamentais decidiram contratar do estrangeiro 7 treinadores e um deles foi o polaco Jerzy Hausleber, que desempenhara um excelente trabalho na área da marcha atlética no seu país.
Tal foi o sucesso da iniciativa que logo em 1968, o sargento José Pedraza ganharia a primeira medalha (prata) da marcha mexicana em Jogos Olímpicos. Despois destes Jogos o atletismo azteca voltaria a ganhar outras 10 medalhas nos Jogos e apenas uma delas fora da marcha com a medalha de ouro, em Atenas’2004, da quatrocentista Ana Guevara.
Para a história do atletismo no México aqui ficam os nomes dos outros marchadores mexicanos que ganharam medalhas nos Jogos: Daniel Bautista (ouro nos 20 km, em 1976), Raúl Gonzalez (ouro nos 50 km e prata nos 20 km, em 1984), Ernesto Canto (ouro nos 20 km, em 1984), Carlos Mercenário (prata nos 50 km, em 1992), Bernardo Segura (bronze nos 20 km, em 1996), Noé Hernandez (prata nos 20 km, em 2000), Joel Sánchez (bronze nos 50 km, em 2000) e María Guadalupe González (prata nos 20 km, em 2016).