Daniel Michaud em funções nos mundiais de Doha. Imagem: IAAF World Athletics Club Montagem: O Marchador |
De inegável interesse público a
entrevista concedida pelo canadiano Daniel Michaud ao espaço da internet da
“IAAF World Athletics Club” que, com a devida vénia, aqui a reproduzimos e na
qual o canadiano, que chefiou em Doha, nos Mundiais de Atletismo, uma equipa de
8 juízes internacionais de marcha, aborda todos os processos do ajuizamento em
provas internacionais de marcha atlética e o próprio sistema de formação e
certificação de juízes da especialidade ao mais alto nível.
Daniel Michaud, um dos juízes mais
experimentados e categorizados do painel internacional de juízes de marcha, que
o integrou em 1993 e concluiu com sucesso todas as seis certificações levadas a
efeito pela IAAF (World Athletics) ao mais alto nível, desde 1998 (um restrito
grupo de seis juízes mantém-se desde esse ano ao mais alto nível), já
participou em 7 edições de mundiais de atletismo, nomeadamente nas de 1997
(Atenas), juiz-chefe nos 50 km masculinos, 1999 (Sevilha), 2001 (Edmonton),
assistente do juiz-chefe, 2013 (Moscovo), 2015 (Pequim), 2017 (Londres) e 2019
(Doha).
Nos Mundiais de Doha, no Catar, nos
quais, pela primeira vez, os juízes internacionais de marcha foram apresentados
publicamente momentos antes da realização das provas de marcha, aquando da
difusão de imagens televisivas por todo o mundo, Daniel Michaud teve a tarefa
de preparar e gerir todo o processo de entrada na Zona de Penalização (três
faltas) e de notificação aos atletas desclassificados (4 ou mais faltas), aqui
coadjuvado por dois Assistentes, Ho Weng Hong (Macau) e Chinatamy Suppiah
(Malásia), juízes do painel de Oficiais Técnicos Internacionais da Ásia.
O trabalho realizado por Daniel
Michaud, que teria o poder de desclassificar diretamente um atleta nos últimos
100 metros, não tendo sido necessário usar tal prerrogativa, bem como pelo
britânico Noel Carmody, este o Secretário com a responsabilidade de registar
todas as raquetas amarelas e notas de desclassificação (faltas), assinaladas
pelos oito juízes de marcha nas provas masculina e feminina dos 20 e 50 km, foi
classificado de excelente qualidade técnica.
O vídeo no IAAF World Athletics Club
(facebook) pode ser visto aqui.