sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Daniel Michaud, o Juiz-chefe de Marcha nos Mundiais de Doha

Daniel Michaud em funções nos mundiais de Doha.
Imagem: IAAF World Athletics Club
Montagem: O Marchador

De inegável interesse público a entrevista concedida pelo canadiano Daniel Michaud ao espaço da internet da “IAAF World Athletics Club” que, com a devida vénia, aqui a reproduzimos e na qual o canadiano, que chefiou em Doha, nos Mundiais de Atletismo, uma equipa de 8 juízes internacionais de marcha, aborda todos os processos do ajuizamento em provas internacionais de marcha atlética e o próprio sistema de formação e certificação de juízes da especialidade ao mais alto nível.

Daniel Michaud, um dos juízes mais experimentados e categorizados do painel internacional de juízes de marcha, que o integrou em 1993 e concluiu com sucesso todas as seis certificações levadas a efeito pela IAAF (World Athletics) ao mais alto nível, desde 1998 (um restrito grupo de seis juízes mantém-se desde esse ano ao mais alto nível), já participou em 7 edições de mundiais de atletismo, nomeadamente nas de 1997 (Atenas), juiz-chefe nos 50 km masculinos, 1999 (Sevilha), 2001 (Edmonton), assistente do juiz-chefe, 2013 (Moscovo), 2015 (Pequim), 2017 (Londres) e 2019 (Doha).

Nos Mundiais de Doha, no Catar, nos quais, pela primeira vez, os juízes internacionais de marcha foram apresentados publicamente momentos antes da realização das provas de marcha, aquando da difusão de imagens televisivas por todo o mundo, Daniel Michaud teve a tarefa de preparar e gerir todo o processo de entrada na Zona de Penalização (três faltas) e de notificação aos atletas desclassificados (4 ou mais faltas), aqui coadjuvado por dois Assistentes, Ho Weng Hong (Macau) e Chinatamy Suppiah (Malásia), juízes do painel de Oficiais Técnicos Internacionais da Ásia.

O trabalho realizado por Daniel Michaud, que teria o poder de desclassificar diretamente um atleta nos últimos 100 metros, não tendo sido necessário usar tal prerrogativa, bem como pelo britânico Noel Carmody, este o Secretário com a responsabilidade de registar todas as raquetas amarelas e notas de desclassificação (faltas), assinaladas pelos oito juízes de marcha nas provas masculina e feminina dos 20 e 50 km, foi classificado de excelente qualidade técnica.

O vídeo no IAAF World Athletics Club (facebook) pode ser visto aqui.