O Presidente da Rússia, Dmitry Medvedev e Olga Kaniskina, no Kremlin. Foto: Serviço de imprensa da presidência russa. |
“Após os Jogos
Olímpicos de Londres, tomei a decisão de prolongar, por mais um ano, a minha
carreira, pensando nos mundiais de Moscovo”, declarou Kaniskina à imprensa do
seu país, acrescentando que não pode prever, neste momento, o nível da sua
prestação em agosto. “Tudo dependerá da evolução da minha preparação”, disse.
Kaniskina deu nas
vistas em 2006, nos europeus de Gotemburgo, ao alcançar a medalha de prata. No
ano seguinte, em Osaca, surpreendeu a comunidade atlética com aquele que viria
a ser o primeiro título mundial, seguindo-se um período de invencibilidade até
ao ano passado.
Campeã olímpica em
Pequim, em 2008, tri-campeã mundial nos 20 km marcha, a atleta que recentemente
comemorou o seu 28.º aniversário (19 de janeiro), foi uma das protagonistas nos
20 km marcha dos Jogos de Londres, com um final verdadeiramente emotivo. A 100
metros do final da prova, e depois de ter estado na liderança durante quase
toda a prova, viu a sua compatriota Lashmanova negar-lhe o segundo título olímpico
consecutivo.
Contudo, Kaniskina
acabou por realizar, em Londres, a sua melhor perfomance de sempre (1.25.09), a
apenas 1 segundo do anterior máximo mundial, batido por Lashmanova. Já tinha
feito melhor (1.24.56) quando se classificou atrás da sua compatriota Olimpiada
Ivanova (1.24.50) que estabeleceria o recorde mundial, mas tal resultado não
foi homologado pela IAAF dado o número insuficiente de juízes internacionais de
marcha aí presentes, à luz do regulamento.
Kaniskina não
competirá nos campeonatos nacionais que se realizarão este mês em Sochi,
regressando a Saransk após concluir mais uma etapa da sua preparação que tem
decorrido na cidade que acolherá os Jogos Olímpicos de Inverno. Note-se que a
atleta, na qualidade de detentora do título mundial, avançará para Moscovo com
o “wild-card”.