quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ana Cabecinha: balanço da época e perspectivas para 2012

Os Campeonatos de Portugal foram o momento em que Ana
Cabecinha viu garantida em definitivo a presença nos mundiais
de Daegu. Foto: O Marchador
O balanço da época dos marchadores mundialistas portugueses prossegue, agora com os comentários de Ana Cabecinha. Para a atleta do Oriental de Pechão, os mundiais de Daegu marcaram mais um momento de alto nível. Apesar de uma carreira que leva já dez anos de desempenhos internacionais, iniciados nos mundiais de jovens em Debrecen e que incluem a presença nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, a prova na Coreia marcou a estreia de Ana Cabecinha em Campeonatos do Mundo de Atletismo.

1 - «Foi uma prova difícil, com o inicio de competição um pouco lento, e com inúmeros 'esticões' ao longo da prova», explica. «O calor e a humidade fizeram-se sentir e acho que foi isso que me ajudou durante a competição, porque, na minha preparação para os mundiais, andei a treinar em Vila Real de Santo António com esses factores meteorológicos.»

2 - A época ficava quase concluída, ao fim de meses marcados por momentos de intensidade invulgar, mas, chegado o momento de descansar e recuperar força e alento para novos desafios, o sentimento é de satisfação.

«[Faço da época] um balanço positivo. Com uma época bastante atribulada como tive não podia pedir mais. Foi o meu primeiro mundial e na minha opinião foi uma excelente estreia.»

3 - É sabido que o nível das melhores especialistas femininas da marcha portuguesa é muito elevado, criando um grupo de quatro atletas habilitadas a participar em competições em que, nalguns casos, não podem participar mais de três. Assim sucederá no próximo ano, com a celebração dos Jogos Olímpicos de Londres.

«Será mais um ano complicado. Como se sabe, somos quatro marchadoras para três vagas. Já tive a experiência de 2008 e sei que o ano olímpico é muito duro em todos os aspectos, mas vou dar o meu melhor para lá estar.»

Se o próximo ano vai ter nos Jogos da XXX Olimpíada o ponto desportivo mais elevado, esse não será o único evento de relevo no calendário internacional da marcha atlética. Dois meses antes, a 12 e 13 de Maio, terá lugar a 25.ª Taça do Mundo de Marcha, em Saransk (Rússia), na qual a selecção portuguesa tem o ceptro feminino a defender.

«Também espero marcar presença na Taça do Mundo, para poder ajudar a equipa feminina a revalidar o titulo mundial e melhorar o meu oitavo lugar de 2010», afirma Ana Cabecinha, para quem o estabelecimento de renovados objectivos é garantia de busca de novos sucessos. Que mais podem desejar os adeptos portugueses da marcha atlética?