Fotomontagem O Marchador |
O logótipo da competição, que representava um marchador, foi aproveitado pelo seu criador para colocar a cabeça em forma de uma maçã, o que fazia todo o sentido visto ser aquela uma região repleta de prados verdejantes, que alternam com pomares.
Susana Feitor, uma vez mais, foi a figura de maior destaque na equipa portuguesa. Obteve o 9.º lugar e a excelente marca de 1.30.13, recorde nacional, que é a quarta melhor de sempre em Taças do Mundo. Refira-se, contudo, que no plano global os homens dos 20 e 50 km tiveram uma participação muito interessante e equilibrada contribuindo para os 8.º e 12.º lugares coletivos, respetivamente.
Na prova feminina representaram também as cores nacionais Sofia Avoila (62.ª) e Isida Gonçalves (66.ª) registando-se o 13.º lugar coletivo. A equipa dos 20 km formou-se com João Vieira (21.º), José Urbano (30.º), Augusto Cardoso (31.º), e Sérgio Vieira (41.º) e a dos 50 km percorreu as 25 voltas do circuito de 2 km com os seguintes elementos: Pedro Martins (41.º), José Magalhães (47.º), Virgílio Soares (55.º), Luís Ribeiro (66.º) e, em estreia na seleção, Jorge Costa (70.º).
A seleção nacional foi chefiada pelo dirigente federativo Norberto Correia e enquadrada tecnicamente por Luís Dias, técnico nacional de marcha, e ainda por Jorge Miguel. Completaram a delegação o Dr. Pedro Branco (médico) e Jorge Esteves (fisioterapeuta), ex-atleta internacional da especialidade.
Bernardo Segura (México), nos 20 km, Sergey Korepanov (Cazaquistão), nos 50 km e Liu Hongyu (China), nos 20 km femininos, venceram as respetivas provas. A Rússia, nos 20 e 50 km masculinos e a China, nos 20 km femininos, triunfaram coletivamente.
“Treinei-me muito bem para a prova. No sábado, dia da prova dos 20 km, estava um calor fora do comum e pensei que não ia ser fácil baixar das quatro horas, o objetivo proposto. Para ajudar à festa passei a noite anterior com o nariz tapado e a tossir.”, relatou Pedro Martins que obteve em Mézidon um recorde pessoal nos 50 km e ainda mínimos para os mundiais de Sevilha.
“De facto tudo me ajudou nesse domingo de boa memória. A temperatura estava relativamente baixa, o nevoeiro pôs-se até a meio da prova e até me esqueci da tosse e da congestão nasal. No fim a alegria de ter feito 3.56.25”, prosseguiu o atleta de Seia, enfermeiro de profissão que ainda nos contou um episódio curioso:
“Estava eu no aeroporto, pronto a embarcar, quando fui chamado ao local das bagagens. Pediram-me explicações quanto ao conteúdo da arca frigorífica que o departamento médico da FPA tinha despachado em meu nome, com a finalidade de dividir o peso das bagagens. Na mala havia uma seringa e uma colher de sobremesa…bem ia sendo preso sem saber como e porquê…”