Daniel Pintado e Glenda Morejón da equipa vencedora, o Equador, e o pódio com os elementos do Peru e Brasil. Fotos: Agencia EFE/CRISFE Montagem: O Marchador |
No passado sábado (4 de novembro) teve lugar, pela primeira vez em grandes eventos internacionais, a primeira prova de estafetas em marcha atlética, na distância da maratona (1 mulher e 1 homem a percorrerem os 42,195 km em duas etapas cada um, alternadamente), realizada em Santiago, na Explanada Campo de Marte do Parque O'Higgins, na capital chilena, e integrada nos Jogos Pan-americanos que ontem tiveram o seu epílogo.
Equador, Peru e Brasil estrearam-se no pódio da competição dos Pan-americanos e que substituiu, primeiro, os 50 km, e depois, os 35 km, e que vai entrar no programa dos Jogos Olímpicos, em Paris, no próximo ano, esperando-se que a prova seja, de facto, um sucesso, isto, para o bem da especialidade, e os primeiros indícios parecem apontar nesse sentido.
A dupla equatoriana, formada por Glenda Morejón e Brian Daniel Pintado, ganhou a medalha de ouro com o tempo de 2:56:49, que passa a constituir a melhor marca mundial, suplantando claramente o que a dupla dos EUA (Christie e Coffey) haviam realizado a 1 de outubro (3:18:40). O Peru, com Kimberly García e César Rodríguez (3:01:14), alcançou a medalha de prata, e o Brasil, com Caio Bonfim e Viviana Santana Lyra (3:02:14), a de bronze.
Ainda para o registo desta história prova de marcha, ficam, aqui, as referências dos outros participantes: o México, com Alejandra Ortega e José Luis Doctor (3:15:12), a Colômbia, com Lorena Arenas e José Leonardo Montaña (3:16:21), os EUA, com Nicholas Christie e Miranda Melville (3:16:52), a equipa de Atletas Independentes, com os guatemaltecos Mirna Ortiz e José Barrondo (3:23:30) e a Costa Rica, com Juan Manuel Calderón e Noelia Vargas (3:34:58).
Kimberly García, a tripla medalhada em Campeonatos Mundiais de Atletismo, que vai apostar nas duas provas, em Paris 2024, haveria de expressar as suas emoções ao referir-se que “…competir, descansar e competir de novo… dá-nos sensações diferentes e é duro, numa prova que não está dependente do que um só atleta faça, mas temos que nos adaptar às mudanças …”. Já, Glenda Morejón, que sonha com medalhas em Paris e que se se preparou ativamente nos últimos meses para este género de prova, achou que a pausa terá sido um pouco longa, mas, ainda assim, conseguiu manter o ritmo nas duas etapas. Caio Bonfim realçou o facto da seleção brasileira não ter registado qualquer nota de desclassificação (cartão vermelho) e enalteceu o trabalho dos biomecânicos e dos massoterapeutas do Comité Olímpico do Brasil (COB), decisivos na recuperação física dos atletas brasileiros nesta prova de estafetas.
As medalhas foram entregues pelo equatoriano Jefferson Pérez, campeão olímpico em Atlanta 1996, prata nos Jogos de Pequim 2008, e campeão mundial em 2003 (Paris), 2005 (Helsínquia) e 2007 (Osaca).
É de notar que 22 das 25 seleções nacionais que vão estar nos próximos Jogos Olímpicos, com a prova a realizar-se a 7 de agosto de 2024, 6 dias depois das provas individuais de 20 km, serão apuradas no Campeonato Mundial de Nações em Marcha Atlética, que terá lugar na cidade turca de Antalya, a 21 de abril de 2024.
Classificação
1.º, ECU - Equador, 2:56:49
Bryan Daniel Pintado (1995) & Glenda Estefânia Morejon (2000)
2.º, PER - Peru, 3:01:14
Cesar Augusto Rodriguez (1997) & Gabriela Kimberly Garcia (1993)
3.º, BRA - Brasil, 3:02:14
Caio Bonfim (1991) & Viviane Santana (1993)
4.º, MEX - México, 3:15:12
José Luis Doctor (1996) & Alejandra Ortega (1994)
5.º, COL - Colômbia, 3:16:21
Jose Leonardo Montaña (1992) & Sandra Lorena Arenas (1993)
6.º, USA - E.U. América, 3:16:52
Nicholas Steven Christie (1991) & Miranda Melville (1989)
7.º, EAI - Atletas independentes, 3:23:30
José Alejandro Barrondo (1996) & Mirna Sucely Ortiz (1987)
8.º, CRC - Costa Rica, 3:34:58
Juan Manuel Calderon (1999) & Noelia Vargas (2000)
O detalhe dos resultados com parciais está disponível aqui.