Foto: blogue «O Marchador» |
Conhecido estatístico do atletismo português, José Manuel Casquinha Costa concedeu esta segunda-feira, 20 de Novembro, uma entrevista à equipa do blogue «O Marchador», centrada na sua memória sobre a marcha atlética portuguesa, não só aquela que conheceu através da presença pessoal a acompanhar competições a partir de 1975 mas também a marcha de que lhe chegaram ecos familiares de um passado que remonta ao final da década de 1930.
Referindo pessoas, acontecimentos e organismos associativos, Casquinha Costa remeteu para realidades cuja memória dificilmente seria conservada sem o registo desta entrevista. Foi assim que lembrou o papel dos pioneiros do renascimento da marcha atlética em Portugal, nomeadamente os que na região de Lisboa se empenharam, primeiro, na criação de uma comissão de marcha na Associação de Atletismo de Lisboa e, depois, na integração plena da especialidade na estrutura da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
Neste último caso, convém lembrar o importante papel que dirigentes da FPA como o próprio Casquinha Costa e outros tiveram na abertura de portas para que, ainda na década de 70 do século passado, a marcha atlética iniciasse um processo de crescimento e afirmação nacional que haveria de conduzir a especialidade a grandes conquistas (nacionais e internacionais) e a transformar-se numa das disciplinas com maior crescimento do atletismo português, tanto em quantidade como em qualidade.
Uma entrevista que constitui mais um interessante registo da memória da marcha atlética portuguesa. Para que nunca se esqueça e a memória não nos atraiçoe.