Noé Hernández nos Jogos Olímpicos de Sydney/2000. Foto: Reuters. |
Hernández estava em casa a recuperar do grave ferimento, com arma de fogo, que sofreu no dia 30 de dezembro e o fez perder a vista esquerda e parte da visibilidade da vista direita. Intervencionado cirurgicamente por mais de uma vez, tivera alta na semana passada.
Sentindo-se indisposto quando se encontrava em casa dos seus pais, em convalescença, foi levado às urgências do hospital de Chimalhuacán, situado na área metropolitana da Cidade do México, e logo depois, transportado, de helicóptero, para as urgências do hospital de Toluca, onde viria a falecer, ao meio-dia de ontem.
Natural de Chimalhuacán, um município do Estado do México, o ex-marchador, que nasceu em 15 de março de 1978, iniciou a carreira desportiva aos 14 anos de idade.
Na Taça do Mundo de Marcha, em Turim, 2002, foi quarto classificado (1.22.05), e em 2003, nos Campeonatos Mundiais de Paris, em 2003, repetiu o lugar, com o tempo de 1.18.14, a sua melhor marca nos 20 km. Mas a sua maior coroa de glória foi ter alcançado, inesperadamente, a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000 (20 km marcha).
Ainda há poucas semanas concedera entrevistas aos meios de comunicação social mexicanos em que declarava estar convencido que o atentado fora dirigido contra ele mesmo. Manifestava ainda, o desejo de lutar, com todas as suas forças, para recuperar-se, tanto quanto lhe fosse possível.
À família enlutada, a equipa do blogue “O Marchador” expressa as suas condolências.