Fotos: Wikipedia, Athletics Weekly e Daily Post/família Matthews Montagem: O Marchador |
Uma triste notícia no mundo da
marcha atlética com o falecimento, este domingo, do britânico Kenneth Joseph
Matthews, aos 84 anos de idade.
Nascido em Birmingham, em 21 de
junho de 1934, Matthews iniciou-se na prática da marcha atlética com 18 anos
obtendo, logo nesse ano, o seu primeiro dos vários títulos nacionais na sua
carreira desportiva. Viria a qualificar-se para os Jogos Olímpicos de Roma, em
1960, mas não conseguiu terminar a prova.
Marchador de estilo fluido e passos
longos, venceu, em 1961, os 20 km marcha da Taça do Mundo de Marcha, em Lugano,
no atual figurino com a designação de Campeonato Mundial de Seleções, feito que
repetiu na edição seguinte de Varese, juntando os títulos individuais aos
coletivos.
Em 1962, nos Europeus de Belgrado,
sagra-se campeão os 20 km marcha, à frente de Hans-Georg Reimann, da então RDA,
e do soviético Vladimir Golubnichiy.
Em 1964 partia para os Jogos
Olímpicos de Tóquio como um dos favoritos acabando por se sagrar campeão
olímpico na prova dos 20 km marcha ao obter a marca de 1:29:34, que constituiu
recorde olímpico e com uma diferença de um minuto e 39 segundos sobre o segundo
classificado, o alemão da RDA, Dieter Lindner, a maior diferença alguma vez
registada na distância, em Jogos Olímpicos.
Daqueles Jogos Olímpicos de Tóquio
foi um dos quatro britânicos a obter a medalha de ouro, além dos saltadores em
comprimento, Lynn Davies e Mary Rand, esta a primeira mulher a alcançar o
título olímpico, e Ann Packer, nos 800 metros. No regresso apoteótico dos
campeões olímpicos a Inglaterra, foi o único que não viu ser-lhe atribuído uma
das mais altas distinções honoríficas na Grã-Bretanha - a Ordem do Império
Britânico (MBE), criada a 4 de junho de 1917 pelo Rei Jorge V. Fez-se um
autêntico clamor na opinião pública levando a que finalmente, após 13 anos
sobre o seu título olímpico, fosse agraciado com a MBE.