Foto: Sportsfile. Montagem: O Marchador |
De hoje, dia 20, e até ao próximo domingo (23) terá lugar na
Universidade Europa de Alcobendas, na região de Madrid, Espanha, um Seminário para
juízes especialistas de marcha, seguido de certificação, com os resultados
desta a determinar a constituição do novo Painel Europeu de Juízes de Marcha
para o período de 2019 a 2022. A iniciativa é promovida pela Associação
Europeia de Atletismo (EA).
O evento será coordenado por Steve Taylor (Grã-Bretanha) e Jean-Pierre
Dahm (França), dois dos mais experientes juízes internacionais do Painel de
nível III da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e contará com a
presença de 42 juízes (17 estreantes e 25 certificados), provenientes de 26
países do continente europeu inserindo-se, neste contexto, uma juíza israelita,
que também possui a nacionalidade russa.
Maris Peterson (Rússia) e Ann-Iren Guttulsröd (Noruega), dois dos
“históricos” juízes que se mantêm nos painéis internacionais da especialidade
há mais tempo, não se submetem, desta vez, a exames, colocando, deste modo,
ponto final à sua longa e profícua ligação à arbitragem internacional.
A certificação constará da realização de exames escritos e orais (em
língua inglesa), no sábado (22), e a visualização de um conjunto de filmes de
atletas em ação nas competições internacionais, no domingo (23), onde os
candidatos avaliarão da sua correção ou incorreção no plano regulamentar, tendo
sido estabelecida a pontuação mínima global de 70 pontos (em 100) para acesso
ou manutenção no Painel de nível II da IAAF, desde que obtida, pelo menos,
metade da pontuação exigível para cada um dos itens.
Atualmente o Painel da AE é constituído por 28 juízes de 18 países, juntando-se
a estes mais 14 elementos de 10 nacionalidades, dos pertencentes ao Painel da
IAAF. Espanha (4), Portugal (3), Alemanha (3), Irlanda (3) e Eslováquia (3) são
os países com o maior número de candidatos à certificação europeia do próximo
fim-de-semana. Os espanhóis esgotam a quota estabelecida (2 juízes) para
inscrição de novos candidatos.
No caso de Portugal, apesar de dispor de um bom conjunto de
especialistas no seu Painel Nacional de graduação mais elevada (Painel A), vai
apresentar-se somente com um candidato (dos dois a que teria direito),
quebrando-se uma prática habitual na arbitragem portuguesa de forte aposta no
setor (preencheram-se as quotas em anteriores certificações) com comprovado
sucesso, como se explica pelo facto do nosso país possuir atualmente (a par da
Espanha) o maior contingente de juízes internacionais de marcha nos painéis da
EA e da IAAF, como igualmente sucede com os Oficiais Técnicos Internacionais.
José Ganso (Setúbal) e Vasco Guedes (Santarém), atuais membros do
Painel da Associação Europeia de Atletismo, renovam a candidatura à
permanência, enquanto Eduardo Gonçalves (Santarém), que já esteve no painel da
EA no período de 2001 a 2005, foi o juiz indicado pela Federação Portuguesa de
Atletismo para frequentar o seminário (aberto apenas aos novos juízes) e
juntar-se à certificação, que se realiza normalmente a cada quatro anos.