sábado, 31 de julho de 2021

Marchadores olímpicos portugueses (1984-2016): Pedro Isidro, Miguel Carvalho e Daniela Cardoso

Daniela Cardoso (2016), Pedro Isidro (2012-2016) e Miguel Carvalho (2016).
Fotos: Jeff Salvage/Racewalk.com. Montagem: O Marchador

Pedro Isidro

Nasceu na Azambuja, a 17 de julho de 1985, iniciando-se na marcha em 1997 (tinha 11 anos de idade) pelas mãos de Egídio Bernardes, quando se encontrava na instituição “O Ninho”, em Rio Maior. Foi como júnior, em 2003, quando ingressou no SL Benfica e começou a preparar-se mais intensamente na especialidade, que passou a ser treinado por Luís Dias.

O seu percurso na marcha atlética tem sido marcado por posições destacadas em campeonatos nacionais de pista coberta, pista ao ar livre e de estrada, tendo mesmo sagrado campeão nacional na distância de 20 km marcha, em 2016, e de 50 km marcha, em 2018.

Foi 13 vezes internacional, representando o país nas maiores competições europeias e mundiais. Participou nos Campeonatos da Europa de 2014 e 2019, nos Campeonatos do Mundo de 2013, 2015 e 2017, além de registar a presença em 5 Taças da Europa de Marcha (foi 8º na edição de 2017, nos 50 km) e 6 Taças do Mundo de Marcha.

Várias vezes campeão europeu e mundial em provas de marcha para deficientes intelectuais, Pedro Isidro tornou-se o primeiro atleta portador de deficiência intelectual a nível mundial a competir em Jogos Olímpicos, nos de 2012, em Londres. E fê-lo na prova mais longa do programa do atletismo, os 50 km que, de resto, é a sua especialidade de preferência. Repetiu a participação nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

Recordes pessoais nas distâncias olímpicas: 20 km, 1.24.53 (2015); 50 km, 3.55.44 (2015).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho


Miguel Carvalho

Nasceu em Rio Maior, a 2 de setembro de 1994, foi treinado por Jorge Miguel e destacou-se logo nos primeiros anos da especialização na disciplina, obtendo vários títulos nacionais nos escalões jovens. Representou a seleção nacional em 2011, no Mundial de Sub-18, e nos Europeus de Sub-20, em 2013 e 2015, nestes dois últimos com classificações honrosas.

Enquanto juvenil, júnior (10 km) e sénior (20 km), participou em várias Taças do Mundo/Campeonato do Mundo de Seleções de Marcha e Taças da Europa/Campeonatos da Europa de Seleções de Marcha. A primeira vez que representou Portugal numa grande competição internacional foi em 2011, na cidade francesa de Lille, nos 10.000 metros (pista) dos Mundiais de Sub-18.

Na primeira vez que o atleta ribatejano, então, em representação do Sport Lisboa e Benfica, participou numa prova de 50 km, realizada em Leiria, em novembro de 2016, obteve os mínimos olímpicos, com a marca de 4.00.47 h, participando nos Jogos do Rio de Janeiro desse ano. Com este feito bateu o recorde nacional da categoria sub-23, melhorando em mais de 24 segundos a marca que o seu colega de equipa, Paulo Pires, havia estabelecido nos campeonatos nacionais de Viseu, em 1989.

Recordes pessoais nas distâncias olímpicas: 20 km, 1.23.31 (2017 e 2018); 50 km, 4.00.47 (2016).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho


Daniela Cardoso

Nasceu em Cascais, a 15 de dezembro de 1991, mas desde os primeiros meses de vida foi viver para Pombal. Foi treinada por Carlos Carmino, que a incentivou a especializar-se na marcha atlética, em 2008, na sua segunda época de juvenil, classificando-se na 7.ª posição nuns Nacionais de Juvenis. Mas foi na categoria de júnior que começou a salientar-se na especialidade com idas ao pódio e a conquista de títulos nacionais.

Em 2011 e 2013 participou nos Campeonatos da Europa de Sub-23, indo em 2015 às Universíadas de Verão. Nos Campeonatos Ibero-americanos de 2016 alcançou a medalha de bronze na prova dos 10.000 metros marcha.

Ainda naquele ano de 2016, no decorrer dos Campeonatos Nacionais de Marcha, realizados na Batalha, obteve os mínimos olímpicos ao alcançar o tempo de 1:33:36 horas (recorde pessoal), cumprindo, depois, aquando da sua participação no Mundial de Seleções de Marcha, em Roma, os critérios exigidos pela Federação Portuguesa de Atletismo ao ser a terceira melhor portuguesa no evento deixando para trás com outro passado histórico na especialidade, casos de Susana Feitor e Vera Santos.

Após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, entendeu suspender a sua carreira, retomando-a no final de 2018, já depois de concluída a sua licenciatura, então já orientada tecnicamente por Paulo Miguel.

Recorde pessoal na distância olímpica: 20 km, 1.33.36 (2016).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho